Durante toda minha vida eu sempre colocava a culpa no outro quando as coisas não aconteciam como eu esperava. Pois é, o problema era que eu sempre esperava do outro o que ele não podia dar. E ponto final.
Todos nós fazemos isso, hoje já faço bem menos, já conseguindo perceber quando acontece e tentando sempre melhorar e evoluir. É sempre assim, se estamos infelizes no trabalho a culpa é do chefe, ou do salário, ou dos colegas. Nunca somos parte e sempre somos vítimas. Esquecemos que a vida é feita de escolhas e que colhemos o que plantamos e precisamos.
Quando nosso parceiro (a) não reconhece tudo que fazemos por ele (a), o (a) tachamos de ingrato. Quando aquele amigo discorda de algo que fizemos, dizemos que ele não nos compreende. Somos donos da razão e nos percebemos como justos e injustiçados. Exigimos a mudança do outro.
Só que a mudança do outro não está em nossas mãos. Podemos mudar apenas a nós mesmos e o nosso modo de ver a vida. Se o outro não muda, temos que mudar a nossa percepção com relação a ele, retirando da nossa cabeça a idealização de alguém que não existe e que criamos para ocupar o “buraco” que existe em nós. Assim, criaremos menos expectativas e, consequentemente, teremos menos frustrações.
O mundo está passando por um momento de transformação, e temos que parar de apontar o dedo para o outro e nos voltar para o nosso interior. Este mundo necessita de muito amor e enquanto não acendermos a luz sobre as nossas sombras, não teremos como colaborar.
É preciso perceber de uma vez por todas que o outro é quem é, que dá o que pode e não foi criado para atender os nossos desejos. Cada ser humano é especial, com seus defeitos e qualidades. Não cabe a nós a mudança no outro, só cabe a nós a compreensão e o respeito.
Como o outro só muda se quiser, temos o direito de escolher estar ou não com ele, de fazer ou não parte daquela empresa, de ficar ou partir. A escolha é nossa e a responsabilidade por ela também.
Muito melhor do que ficarmos a vida toda presos a um relacionamento, uma empresa, uma profissão que não nos faz bem, é termos coragem para mudar. Mudar não como fuga dos problemas e frustrações, mas uma mudança que respeite o nosso verdadeiro ser, a nossa essência. Sem mágoas, sem ressentimentos e com a compreensão do tempo de cada um.
Para mudar é preciso coragem, e por isso preferimos nos acomodar mergulhados em lamentações, aproveitando de certos “ganhos” que nos impedem de encontrar a verdadeira felicidade.
É hora de enfrentar nossos medos, nos livrar das correntes que nos aprisionam, ser felizes pelo que realmente importa e parar de querer que o mundo gire ao nosso redor. É hora de tomar a rédeas das nossas vidas, para que quando estivermos velhinhos, possamos olhar para trás e dizer que fizemos o melhor da oportunidade que a vida nos deu.
Uma ótima semana de mudança (nossa) para todos nós!
Meditação
- Afaste-se durante algum tempo por dia das preocupações, se liberando das pressões e conflitos; cresça em sentimento, alimente a sua mente com lembranças agradáveis, com a fé e a esperança em dias melhores.