Neste fim de semana, participei de um evento que tratava de diversos assuntos sobre Jung e o Corpo. Em uma das palestras o tema foi “amigo do peito e amigo da onça”. Acredite, ambos são extremamente necessários para a nossa evolução.
Vou começar pelo mais trabalhoso. O amigo da onça é aquele que vai nos fazer evoluir pela paciência, tolerância e resignação. É o que nos provocar e provoca dentro de nós o alavancar das nossas sombras. É ele que nos mostra nossos piores sentimentos, nossa raiva, nossa revolta, nossa mesquinhez e nosso julgamento. É ele que vai colocar pra fora o pior de nós. Portanto, como diz minha querida terapeuta, agradeça!
Agradeça este amigo da onça, pois com ele é possível conhecer o seu lado negro e aprender a transformá-lo em luz. São nas horas em que mais nos frustramos com o outro que percebemos o quanto ainda temos que aprender, pois sempre exigimos dele o que não podemos dar. Se analisarmos nossas reações quando somos contrariados, perceberemos que ainda somos pequenos no processo de aprendizagem. A nossa reação mostra muito mais do que somos do que a nossa ação.
Já o amigo do peito não é aquele que sempre põe a mão na sua cabeça concordando com tudo que você faz. O amigo do peito é aquele que te avisa quando você não está no caminho certo, que tem sempre uma mão amiga pra te ajudar e está disposto a fazer o melhor por você, mesmo que este melhor não seja o que você gostaria! O verdadeiro amigo ensina, ajuda, apoia, mas também critica, contraria e se opõe.
Estamos cercados por seres humanos dos mais diversos níveis de amor e empatia, cada um do seu jeito, cada um no seu tempo, mas cada um com uma parte boa e iluminada, que deve ser destacada no lugar de suas escuridões. Caso tenha mágoa ou raiva de alguém não pense nos seus defeitos, pense nas suas qualidades e veja que Deus está em todos nós. Para isso, basta abrir o seu coração e utilizar os sentidos da sua alma para perceber.
Uma ótima semana de amigos do peito e da onça pra vocês!
Meditação
16. Caminhe entre o barulho e a pressa sem esquecer-se da paz que pode haver no silêncio do seu interior.