Carta para os meus pacientes. Com muito carinho!

Este post é dedicado especialmente a todos os pacientes: os que foram, os que estão, e os que virão.

Queria agradecer a confiança de sempre, por me escolher para ajudar vocês a construir um novo caminho, mais leve, mais feliz, mais verdadeiro.

É claro que não é fácil, vocês sabem que costumo dizer que psicanálise não é pra qualquer um, é trabalhoso, é doloroso, é sofrido. Olhar para si, enxergar as sombras, ver suas próprias imperfeições é duro. Começar a perceber que as pessoas não mudam, que você cria expectativa demais, que você é o único responsável pela vida que vive assusta, e às vezes desespera.

Apesar de tudo, com coragem e determinação vocês vão trilhando o caminho, cada um no seu tempo, cada um com a sua particularidade única e divina, e vão crescendo. E aos poucos começam a perceber que a dor vale a pena, porque, a cada passo dado, a vida se abre em oportunidades. Às vezes tropeçam, às vezes regridem em coisas já trabalhadas, e tudo bem. Somos assim, imperfeitos.

Muitas vezes vocês choram, querem desistir, ficam com raiva de mim, da terapia, da vida, e tudo bem. Isso faz parte do processo. Cada conquista é uma vitória, e é importante sempre não se cobrar tanto, se respeitar, respeitar seu tempo, seu nível de consciência.

Fazer terapia é acolher a criança interior para transformá-la, é se abraçar, se cuidar, é encontrar o divino dentro de si, independente de religião. É permitir que o amor verdadeiro comece a brotar e que as nossas sementes de virtudes comecem a florescer.

Gostaria de parabenizá-los pela coragem de trilhar esse caminho trabalhoso, cresço e aprendo a cada dia com cada um de vocês. Vocês não imaginam o quanto! Cada história de vida me ajuda a perceber o quanto somos únicos e o quanto cada vida é tão valiosa e bela.

Desejo do fundo do meu coração que vocês possam seguir sempre se amando e amando ao seu próximo. E que busquem ser cada vez mais verdadeiro com vocês mesmos, para que possam atrair relações mais saudáveis e reais.

Um abraço apertado.

Ana Cerqueira

Psicanalista