Sigo sempre aprendendo!

Hoje vou contar pra vocês um aprendizado em dose dupla por qual passei na semana passada. Com ele tive algumas lições: está tudo certo e o universo conspira para nos conectar; somos instrumentos de Deus para propagar o amor; definitivamente não podemos julgar ninguém.

Vendi meu carro, tudo certinho, com comunicação de venda feita em cartório. Na semana seguinte, fui fazer a consulta no portal do Detran, para saber se tudo tinha sido cadastrado corretamente. Qual não foi minha surpresa quando apareceu escrito que o renavam e a placa não batiam. Lá vou eu ligar no Detran para entender o que aconteceu e eles me informaram que eu tinha que retornar ao cartório. O problema é que o comprador (dono de loja de veículos) já tinha pago tudo certinho e estava com cliente para repassar o carro. Fiquei super preocupada achando que a culpa era minha, pois ao escrever o nome do comprador no CRV coloquei a letra O na frente.

No dia seguinte fui ao cartório. Antes de chegar lá, ainda preocupada, fiz uma promessa: se não fosse culpa minha o problema, eu daria R$ 20,00 para algum morador de rua. Estas promessas que a gente costuma fazer quando estamos desesperados…rsrs

No cartório, após uma longa espera, me informaram haviam digitado errado os dados e que eu (que não tive nada a ver com o erro) tinha que ir ao Detran pessoalmente para entregar uma carta de correção. Achei um absurdo mas não tinha o que fazer. Liguei no Detran para confirmar a informação e era isso mesmo, mas tudo bem, tem um posto do Detran perto de casa. Só que não. A atendente disse que eu não poderia usar este posto, e que teria que ir no Detran da Aricanduva, Interlagos ou Armênia (burocracias do nosso país).

E lá vou eu ao Detran no dia seguinte. Chegando lá, esperei um pouco e fiquei (como de costume) observando as pessoas. Passados alguns minutos chegou uma atendente em uma das mesas, pelo jeito tinha acabado de voltar do café, passos lentos, devagar e eu lá com pressa. Ela falou para o supervisor que teria que voltar à cozinha para entregar um pendrive e ele não permitiu. Ela sentou vagarosamente, foi se ajeitando, demorando “horas” (na minha cabeça) para se acomodar, ligar o computador…

E meu lado egocêntrico pensando: não quer saber de trabalhar, a gente na fila e ela nessa moleza, não tá nem aí..e blá blá blá. Ainda bem que tenho meu lado empático, que começou a pensar: ela deve estar cansada, chegou aqui cedinho, o serviço é burocrático e chato..mas no fundo, prevaleceu o meu lado ruim.

Adivinha para qual mesa a senha me mandou? CLARO que foi pra mesa dela, que me atendeu atenciosamente, com muita educação, me ajudou tirando xerox de um documento que faltou, foi muito simpática e em menos de 10 minutos resolveu minha vida. Lição 1 – dada no meio da minha cara, acho que agora aprendi: NUNCA JULGUE NINGUÉM.

E então os R$ 20,00. Quando saí do cartório e não vi e pelo jeito nem lembrei da promessa. Fui ao Detran, devo ter passado por alguns e também não lembrei. Só fui me dar conta quando já estava tudo resolvido, caminhando na Av. do Estado. No exato momento que lembrei, olhei ao redor e à minha frente estava uma senhora que deveria ter mais de 70 anos, cega, com uma plaquinha em papelão pedindo ajuda e 3 moedas de R$ 0,10 em sua caixinha. Não pensei, entreguei o dinheiro na mão dela e falei para ela guardar porque alguém poderia pegar. Ela disse: que o senhor abençoe o que você desejar.

Lição 2 – após entregar o dinheiro e ir em direção ao metro me veio claramente na mente uma voz dizendo: “tudo isso aconteceu porque essa senhora precisava desse dinheiro…você tinha que vir no Poupatempo da Armênia…estamos todos conectados pelos laços do amor”.

Saí de lá feliz e agradecida, pedindo perdão a Deus pelo meu julgamento, pela minha reclamação por causa do problema e querendo muito, mas muito mesmo, ser uma pessoa melhor.

Todos os dias temos essas lições, é preciso abrir os olhos do amor para percebê-las.

Uma excelente semana para todos nós!

Meditação

37. A prepotência magoa.

2 comentários

  1. Oi Ana. Gostei da reflexão.
    Lembrou a minha rotina, que é de atendimento ao público em órgão público… Quantos olhares maldosos recebemos das pessoas sentadas com senha na mão, esperando pra serem atendidas!! rs.
    Claro que existem funcionários mal humorados e folgados, mas nem sempre é assim.
    bj

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