O egocentrismo foi a primeira forma de amor (por nós mesmos) que desenvolvemos. Com o tempo, passamos a perceber que precisávamos do outro, que juntos éramos mais fortes e começamos a sentir o amor ao próximo. Apesar de estarmos sempre em progresso, ainda temos forte em nossa personalidade quatro estruturas egocêntricas que demonstram a nossa incapacidade de renunciar: acomodação, posse, sentimento de superioridade e sentimento de inferioridade.
Estas estruturas egocêntricas nos tornam pessoas metades, invejosas, egoístas, julgadoras, agressivas e impedem o nosso crescimento moral e empático. Abaixo, uma breve explicação de cada uma delas:
1) Acomodação – incapacidade de renunciar ao descanso. É a causa da preguiça e não nos deixa realizar o que seria produtivo para nossa vida, como ler, trabalha, estudar, ajudar, mudar, impedindo o nosso crescimento em todos os sentidos.
2) Posse – incapacidade de renunciar ao nosso tempo, às coisas materiais e às pessoas. A posse nos torna egoístas, fechando a nossa afetividade para as necessidades do outro e fazendo com que nos vejamos como donos do que apenas é empréstimo para a nossa evolução.
3) Sentimento de superioridade – incapacidade de renunciar às vaidades, sejam elas físicas, intelectuais ou espirituais, reafirmando a nossa necessidade de ser reconhecido para ser feliz. Este sentimento nos transforma em pessoas orgulhosas, presunçosas e prepotentes, passando por cima de tudo e de todos para manter a nossa autoestima alta.
4) Sentimento de inferioridade – incapacidade de renunciar à busca da felicidade através da superioridade. O sentimento de inferioridade é decorrente do orgulho de não se aceitar como é. Está ligada aos preconceitos e frustrações por qual passamos durante a vida e registra em nossa mente defeitos e imperfeições. Quando nos sentimos inferiores queremos o consolo de todos e que o mundo gire ao nosso redor, nos vitimando e perdendo as oportunidades da vida.
Quando agimos e vivemos baseados nessas estruturas, pensamos apenas em nós mesmos, criamos expectativas em excesso e sofremos muito quando não somos atendidos. Também exigimos muito do outro e damos pouco, julgamos e nos comparamos, atuando com ironia e/ou falsidade para sermos reconhecidos e continuarmos em nosso mundo de felicidade ilusória. Perdemos tempo nos apegando em excesso ao que não é importante, deixando de lado as milhares possibilidade que cada dia nos dá de sermos melhores.
A quantidade de más consequências que estas estruturas nos trazem deve servir de ponto de partida para enxergar onde estamos errando, e começar a nossa mudança interior. Lembrando-nos sempre de que não mudamos o outro, mas que quando mudamos a nós mesmos, o universo conspira e faz o que tem que ser feito, porque está tudo certo e a felicidade está dentro de nós.
Tenham uma excelente semana!!!
“Olhar de Contemplação”,aquele que nos permite sentir e não apenas enxergar a FELICIDADE!Estou tentando.
Viva um dia de cada vez e nunca desanime!