Olá amigos do blog, sejam muito bem-vindos de volta ao blog! Estava aqui lendo as atualizações das apostilas de psicanálise e eis que um dos conhecimentos me chamou muito a atenção, falando sobre o narcisismo.
Narciso, na ciência psicológica, se aproxima do egocentrismo, que já falamos muito aqui no blog, e de forma bem simples, podemos dizer que narciso é o amor pela imagem de si mesmo.
O narciso é aquele que está sempre na expectativa de que o outro satisfaça as suas necessidades, especialmente as de segurança e de conhecimento. Na psicanálise, dizemos que ele escolhe a si próprio como objeto, se colocando como o centro das atenções.
Todos nós somos um pouco narcisos. Todas as escolhas que fazemos possui uma parte que é baseada nos valores adquiridos da família, escola, sociedade (escolha por apoio), uma parte que é narcisa e outra parte que é influenciada pelos nossos recalques (transferência).
Podemos dizer que, em uma escala de 100%, parte da nossa escolha é narcisa, parte é por apoio e parte é por transferência. Acontece que o narciso tem escolha narcísica extremada.
Os narcisos buscam a superioridade em relação aos outros por seus aspectos físicos, estéticos, seu intelecto (através da prepotência, presunção e orgulho) e também pela sua “evolução espiritual”.
O narciso culpa os outros pela sua infelicidade e não investe nas relações. Se preocupa apenas consigo mesmo. Quer que as coisas aconteçam exatamente do jeito que ele espera.
O narciso exige muito e dá pouco. Ele é egoísta, não pensa e não respeita o querer e a individualidade dos que estão ao seu lado.
Ele é vaidoso, prepotente, presunçoso e o orgulho é a fonte da sua vida. Acredita que o mundo e as pessoas devem estar dispostas apenas a atender os seus desejos. Geralmente é muito ciumento, não perdoa e não admite seus erros e a sua parte em seus problemas.
É muito improvável que uma pessoa narcisa aceite sugestões para mudar as percepções de vida, já que se acha sempre certo, sempre o melhor, se vendo muitas vezes como um injustiçado perante a vida.
Como grande parte dos seus investimentos emocionais são para si mesmo, e essa energia é retirada de sua energia sexual, geralmente possui pouca libido em suas relações.
A busca do narciso é sentir prazer pela segurança e mais ainda pelo reconhecimento. Quando faz algo para alguém é porque espera receber algo em troca.
O narciso sofre, vive em conflito, se magoa e agride com facilidade, porque tem baixa resistência às frustrações da vida.
É preciso nos avaliar, olhar para dentro de nós mesmos com os olhos da alma, para perceber se não estamos nos tornando pessoas metade. Precisamos aprender a amar de verdade, o amor verdadeiro que dá sem esperar de volta. Precisamos nos doar, dar amor, investir nas nossas relações e não ficar sentados, esperando que o mundo e as pessoas ajam da forma que nos agrade. Não adianta ficar se lamentando e reclamando da vida e do outro, pois enquanto não pensarmos em nos tornar pessoas melhores, viveremos eternamente no mundo das ilusões e do sofrimento, como narcisos.
Uma ótima semana de menos narcisismo para todos nós.
Meditação
62. Seja águia, deixe de ser galinha.